Perdido, quebrado, não funciona, de noite:
- Bernardo, está na hora de ir à escola, vamos!
- Não, hoje não tem escola!
Um momento de perplexidade...
- Tem sim, meu anjo, ajuda o papai a colocar a sua roupa, vai!
- Não, a escola está perdida!
- (Como assim perdida? De onde veio isto?) Papai acha que não. A escola não está perdida.
- A escola está quebrada!
- (contendo o riso...) Bê, papai entende que você gostaria de ficar em casa hoje, para brincar um pouco mais, mas a escola não está quebrada... Vamos!
- Não! A escola não funciona!
- (Não funciona?! Caramba!) Funciona, sim (já começando a perder a paciência , mas ainda brigando com o riso). Veja, já está de dia, os amigos estão esperando, as professoras...
- Não, não está de dia! Está de noite.
Um sol radiante do lado de fora.
Após intenso debate, o filho é conduzido à escola, sob protesto.
O princípio se aplica a tudo, absolutamente tudo: a roupa está quebrada, o bolo está com problema, o carro está perdido... Dizem que é a tal fase do não. Pelo menos, vem com argumentos fabulosos! Bom, o que dizer? São tão bons quanto os dos pais quando dizem que o parque está fechado, o brinquedo está quebrado, está de noite e, por isto, não pode ir à praia... Vai dizer que não?
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