Bernardo e Rodrigo: setembro 2010

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Balanço Valisère: a primeira vez a gente nunca esquece!

Eu quero uma casa no campo

Onde eu possa compor muitos rocks rurais

E tenha somente a certeza

Dos amigos do peito e nada mais

Eu quero uma casa no campo

Onde eu possa ficar no tamanho da paz

E tenha somente a certeza

Dos limites do corpo e nada mais

Eu quero carneiros e cabras pastando solenes

No meu jardim

Eu quero o silêncio das línguas cansadas

Eu quero a esperança de óculos

Meu filho de cuca legal

Eu quero plantar e colher com a mão

A pimenta e o sal

Eu quero uma casa no campo

Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé

Onde eu possa plantar meus amigos

Meus discos e livros

E nada mais

Atolado, com pneu furado, no meio do nada e rindo à toa!

Escorregador com freio materno

Subindo na vida, cruzando caminhos insólitos...

Tudo bem, no vídeo rola um chorinho e o moleque tá meio agitado... Então, imagine-se no fim de uma madrugada mal dormida, não porque você estava festejando a vitória do seu time, o falecimento da sua sogra ou porque estava curtinho a noite com sua esposa e amigos, mas porque você estava cuidando do seu caçula. É, o caçula! Aquele que começou a vida dormindo bem, quase cinco horas seguidas de descanso, digo, de sono; aquele que mamava um pouco e dormia mais um tanto. Aí você pensou: beleza! Agora vai ser mole! É, aquele que passou cinco meses te contanto esta lorota, mas, do nada, começou a chorar por água, leite, chupeta, afago, "cheiro", cafuné, mimo, paparico a cada meia hora... da madrugada! Pois é. Não é uma tulipa de cerveja, uma taça de vinho ou de espumante a cada meia hora, não! É como viagem longa de ônibus que para a cada dez quilômetros para descer e subir passageiro. Então, entendeu? Como toco de enxurrada, que vem descendo o rio e a cada quanto para pra conferir a margem, a pedra e a folha. Horas lentas, relógio pachorrento... Ao fim desta jornada de Sísifo, você se encontra sem conseguir abrir o olho esquerdo e sem conseguir fechar o direito ou vice-versa, não importa, pois você não sabe mais a diferença mesmo, você se encontra com um braço dormente e o outro pendente, sem noção de tempo e espaço... É quando o moleque te olha sorrindo com boca e olhos, toca seu rosto lentamente com mãos inacreditavelmente pequenas e frágeis, numa carícia que parece um sopro leve e úmido, e faz um "besourinho"... Dá pra reclamar?

Dia da Primavera

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Minhocando

Tá pensando que é moleza?

Após infindáveis dois minutos de esforço, o Rodrigo consegue engatinhar, bom, mover-se importantes DEZ centímetros... e deixar os pais asfixiados. É pouco? Nada disso! É muito. Especialmente se considerarmos que o processo é complexo e exige persistência, estudo, foco, coordenação, intuição e uma dose razoável de sorte... Deu pra ver que o equilíbrio é meio precário, né?! O segredo é ir jogando a cabeça para um lado, depois para o outro e, com sorte, o restante do corpo acompanha.

NÃO TENTEM FAZER EM CASA!

O caminho é meio zigue-zague diagonal invertido aleatório, mas, de alguma forma, vai pra frente!

Já, já começa a usar os pés para se firmar e, quando a gente menos percebe, cria asas!